sexta-feira, 25 de março de 2011

DDA E VIDA AFETIVA 2

Ao casal peço que leia com muita atenção e carinho a pequena lista de
dicas que fizemos ao longo de todos esses anos atendendo DDAs e seus
parceiros. Sugerimos que cada um leia individualmente e depois releiam juntos
com muita calma. O objetivo principal das dicas é contribuir para o
estabelecimento de uma forma melhor de comunicação nos relacionamentos
afetivos com os DDAs.
Discorde, debata, reflita, pense, repense, mas não deixe de tentar praticar,
pelo menos algumas delas.
Ei-las:
1. Informe-se o máximo que puder sobre o seu funcionamento DDA. Só
assim você poderá compreender que muitas atitudes suas não são provocadas
intencionalmente por seu parceiro e sim pela própria instabilidade de seu
funcionamento. Isso ajuda muito o DDA a não ficar culpando o parceiro por seus
erros ou insatisfações. Às vezes você estará de mau humor ou angustiado pela
sua maneira de ser, mas sabe que isso passa, se você buscar algo útil e
interessante para fazer. Não caia na armadilha fácil e previsível de colocar suas
motivações, angústias, alegrias, tristezas ou fracassos sob a responsabilidade de
sua relação afetiva, pois ninguém no mundo tem o poder de sozinho fazer você
feliz ou infeliz.
2. Tente colocar-se na posição do seu parceiro. Lembre-se de que cada
pessoa tem sua maneira de ser. Respeite o jeito dele para que ele possa fazer o
mesmo em relação a você.
3. Seja sincero na sua relação. Ouça com atenção. Às vezes, sua visão dos
fatos pode estar distorcida por sua hipersensibilidade.
4. Reserve um tempo por dia para ficar sozinho com seus pensamentos e
não se esqueça de explicar ao seu parceiro que isso é muito importante para seu
equilíbrio. Isso irá fortalecer sua estrutura interna.
5. Não tenha medo de ser rejeitado por ser sincero. Para um DDA, uma
relação afetiva só tem chance de dar certo se ele sentir-se amado de fato, com
suas qualidades e limitações.
6. Procure ter um mínimo de organização na sua relação. Pequenas coisas
trarão ao seu parceiro a segurança de que ele precisa para saber que você está
atento a ele. Um telefonema durante o dia, o jantar combinado, a leitura
compartilhada de um jornal de domingo etc. com o tempo, o hábito trará bons
resultados.
7. Não diga “sim”, quando quiser dizer ”não”. Se não tiver vontade de ir a
uma festa do trabalho dele(a), não vá, pois seu impulso reprimido poderá acabar
por tornar o compromisso bastante desagradável para ambos.
8. Não crie brigas só para ter motivos de sair com amigos ou dar um rolê
por aí. Seja sincero e explique que isso, às vezes, acontece com você em períodos
de muita inquietação, e que essas saídas acalmam a agitação da sua mente.
9. Siga seu tratamento médico e estimule seu parceiro a participar dele,
criando cumplicidade e melhorando o entendimento.
10. Tente entender que sendo DDA, muitas vezes, você se verá envolvido
por impulsos sedutores, que, na realidade, só representam a busca imediata de
um novo estímulo; por isso mesmo, pense no mínimo três vezes antes de partir
para um jogo de sedução.
11. Tenha a humildade de permitir que o mais organizado dos dois tome a
frente das responsabilidades financeiras do casal. Se você não consegue controlar
talões de cheque, cartões de crédito, contas de luz, gás, telefone etc., deixe que
seu parceiro administre tudo até que você sinta-se capaz de começar a contribuir.
12. Crie o hábito de fazer elogios a seu parceiro. Isso fará com que se sinta
presente em seus pensamentos e o estimulará a fazer o mesmo. Você sabe o
quanto um elogio pode levantar o astral de um DDA? Muitíssimo!
13. Cuidado para não se ”contagiar” com problemas afetivos de casais
amigos. Concentre-se em resolver os conflitos da sua relação e não tome
parâmetros externos para esse fim.
14. Nunca utilize o fato de ser DDA como desculpa para fracassos afetivos,
pois o conhecimento desse comportamento, aliado a uma vontade verdadeira de
melhorar como pessoa e a dois, podem render-lhe muita capacidade de
compreensão em um relacionamento.
[RETIRADO DO LIVRO MENTES INQUIETAS]

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