
Esta frio, mais não muito, o bastante para esfriar apenas as pontas dos dedos dos pés e das Mãos.
Sinto-me angustiada, presa a uma chuva que não quer para. Talvez eu nem fosse a praia, nem a praça, nem muito menos caminhar, mais que queria pelo menos a liberdade de fazê-lo. Ou o não fazer por escolha.
Estou magoada, cansada de muitas coisas.
Cansada de acreditar nas mentiras dos outros.
Cansada de ser sempre eu mesma, presa a uma chuvinha, apenas respingos caindo do nada. E por quem isso me incomoda tanto? O céu cor de cinza, o frio, e a pequena chuva?
Seriam esses pingos d’água, maiores do que eu? Talvez ate sim, uma vez quem me permito deixar escapar um dia por entre os dedos...
Um dia sem sorrisos é um dia perdido, é um acordar em vão.
E se me perguntarem o que fiz hoje? Digo-lhes que não houve? Digo simplesmente: sinto muito, mais não houve dia hoje?
Claro que não!
Do outro lado da rua, crianças brincam alegremente, ate desejando que a chuva aumente e as deixem completamente encharcadas...
Plantas são regadas, flores ganham um amanha...
E eu?
Sentada na cama, pensando, como seria minha vida se não tivesse chovendo...
Bom... Na verdade cada dia busco uma resposta para as minhas mazelas interiores.
Provavelmente, se não tivesse chovendo, eu estaria lamentando a quentura do sol...
Ou choraria por dores antigas, difíceis de esquecer.
Kátia Cylene
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